Folha muda título de matéria desonesta sobre taxa de desemprego

Atualizado em 30 de abril de 2024 às 14:58
Escritório da Folha de S.Paulo. Foto: Reprodução

A Folha de S.Paulo mudou o título de uma matéria desonesta sobre desemprego, mas manteve a frase sobre o aumento no índice. Mais cedo, o veículo noticiou que o número cresceu para 7,9%, ignorando que é a menor taxa nos últimos 10 anos e o fato da oscilação ter causas sazonais.

“Desemprego sobe a 7,9% no primeiro trimestre de 2024”, escreveu a Folha nesta terça (30). Posteriormente, o jornal incluiu o fato de que o número “é o menor para o primeiro trimestre desde 2014”. O veículo foi alvo de críticas por ignorar o impacto positivo do número.

O resultado foi divulgado pela Pnad (Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa registrada no primeiro trimestre de 2024 ficou abaixo das previsões de mercado, que projetava um desemprego de 8,1% para o período.

Folha de S.Paulo muda título de matéria desonesta sobre taxa de desemprego. Foto: Reprodução

O número sofreu uma queda em comparação anual: no primeiro trimestre de 2023, a taxa era de 8,8%. O índice cresceu 0,5 ponto percentual desde o trimestre encerrado em dezembro de 2023, quando o número era de 7,4%.

Esse aumento é comum e causado por um movimento sazonal: o último período de cada ano costuma ter mais ofertas de vagas, o que resulta numa queda de ocupação no período seguinte. A própria coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, afirmou que esse crescimento “não anula a tendência de redução da taxa de desocupação observada nos últimos dois anos”.

Mesmo assim, diversos veículos, como a Folha e Globo, decidiram noticiar o fato como algo negativo. O presidente Lula celebrou o número e destacou a queda em relação a 2023.

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