For no one

Atualizado em 24 de maio de 2013 às 11:37

Recomendo ler ouvindo For No one …


Rio sozinho no café da manhã.  Quase sempre tomo-o sozinho, na companhia de revistas ou livros. Vejo um artigo de um jornalista inglês sobre Lennon. Ele teve acesso quase livre a Lennon no final dos Beatles.

Todo jornalista deveria refletir sobre a seguinte passagem.

Lennon contou ao jornalista que queria o fim dos Beatles, mas pediu a ele não publicasse nada. Pouco depois Paul se anteciparia e anunciaria a dissolução da banda. John – numa demonstração de sua avassadora imaturidade emocional – ficou passado. Ele tinha começado os Beatles e queria encerrá-los. Uma questão de orgulho.

Lennon chamou o jornalista e deu uma bronca nele por não ter escrito que ele decidira acabar com os Beatles. “Mas você me pediu que não publicasse nada”, argumentou o jornalista. “O jornalista aqui é você”!

Isso é uma aula magna de jornalismo.

Respirei fundo quando li, no artigo, que John gostava especialmente de For No One, de Paul. É a minha favorita na obra de Paul. Gosto dela quase tanto como gosto de In My Life, de Lennon, minha música predileta entre todas as que já ouvi na vida.

Não sei quantas vezes as ouvi.

Não sei  quantas vezes as toquei em meu violão.

Não foram poucas, não foram poucas.