
Marcelo Freixo, deputado federal pelo PSB do Rio de Janeiro, foi às redes sociais neste domingo (3) anunciar como a oposição irá responder diante das recentes revelações da ‘Pandora Papers’ envolvendo Paulo Guedes.
O ministro da Economia de Bolsonaro foi acusado de possuir um offshore milionário nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe.
Além de Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também utilizou desta prática.
Leia mais:
1 – Roberto Campos Neto também tem offshore e se beneficiou de medida do Ministério da Economia
2 – Alta da taxa de câmbio valorizou fortuna de US$ 9,5 milhões de Guedes em offshore
3 – Sócios da Prevent Senior, MRV, Riachuelo e outras empresas têm offshores em paraísos fiscais
O que Freixo disse
Diante das denúncias, Freixo recorreu ao Twitter para detalhar os próximos passos da oposição. Ele disse o seguinte:
“URGENTE! Eu e os demais líderes da oposição na Câmara vamos acionar o MPF para que Paulo Guedes e Roberto Campos Neto sejam investigados por manterem empresas num paraíso fiscal”, começou o deputado.
“A legislação brasileira proíbe que membros da cúpula do governo mantenham esse tipo de negócio”, concluiu.
URGENTE! Eu e os demais líderes da oposição na Câmara vamos acionar o MPF para que Paulo Guedes e Roberto Campos Neto sejam investigados por manterem empresas num paraíso fiscal. A legislação brasileira proíbe que membros da cúpula do governo mantenham esse tipo de negócio.
— Marcelo Freixo (@MarceloFreixo) October 3, 2021
Offshores
Em setembro de 2014, quando o mercado financeiro estava agitado diante da iminência da reeleição de Dilma Rousseff (PT), o Banco Central interveio para conter a alta do dólar.
No dia 25 daquele mês, Guedes, então sócio da Bozano Investimentos, uma gestora de recursos, tomou uma providência para manter parte da sua fortuna segura das turbulências da economia brasileira.
Ele fundou a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe.
Situação do presidente do BC
Como presidente do BC, Campos Neto tem acesso a dados estratégicos, como, por exemplo, o câmbio e as taxas de juros, capazes de afetar seus investimentos no exterior.
Em julho de 2020, ele assinou uma portaria que mudou as regras para a declaração de ativos fora do Brasil.
Até então, todo brasileiro que tivesse mais de 100 mil dólares lá fora tinha que informar o BC todos os anos.
Com a mudança, esse valor subiu para 1 milhão de dólares. O que, segundo especialistas, reduziu a transparência dos investimentos de brasileiros.
Não se sabe o volume de recursos que Campos Neto mantinha em sua offshore quando a fechou. s Pandora Papers, não aparece essa informação. Consultado, ele não quis informar o valor.