Freixo quer tirar laudêmio da monarquia; príncipe quer cobrar de favelas

Atualizado em 18 de fevereiro de 2022 às 17:43
Freixo quer tirar laudêmio da monarquia; príncipe quer cobrar de favelas
Freixo quer tirar “taxa do príncipe” e Luiz Philippe quer cobrar imposto das favelas

O deputado federal do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, quer tirar o laudêmio, conhecido como “taxa do príncipe”, da monarquia, enquanto o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança quer cobrar o imposto de favelas.

“Apresentei agora um projeto de lei para que o laudêmio, conhecido como “imposto do príncipe”, seja destinado à prefeitura de Petrópolis para financiar políticas públicas de prevenção a desastres e para socorrer a população”, disse Freixo no Twitter.

O deputado apresentou o projeto de lei na Câmara para alterar a forma como é destinado o laudêmio, taxa paga pela população de Petrópolis aos herdeiros de D. Pedro II. A cada transação de imóvel feita na região da Fazenda Córrego Seco, que hoje compreende o centro e os bairros mais valorizados da cidade, é aplicado o percentual de 2,5% a ser repassado para os herdeiros de D. Pedro II.

Freixo quer que o imposto passe a ser repassado à Prefeitura de Petrópolis, para a aplicação do dinheiro em políticas públicas de prevenção e combate a desastres ambientais.

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Príncipe quer cobrar laudêmio de favelas

O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, no entanto, defende que o laudêmio também seja cobrado de moradores de favela. Segundo ele, os valores seriam repassados às prefeituras. A proposta, inspirada na taxa paga por moradores de Petrópolis a descendentes da família real, está do site do deputado e não tramita na Câmara.

Há diversas modalidades de laudêmio em vigor no Brasil. A chamada de taxa do príncipe, beneficia os descendentes da família real brasileira do ramo de Petrópolis, que não é o de Luiz Philippe, que pertence ao ramo de Vassouras (RJ).

Segundo Bragança, o laudêmio é “uma coisa boa do Brasil”. A proposta do deputado ignora iniciativas de regularização fundiária e como famílias com orçamento mínimo, enfrentando desemprego e fome, sustentariam mais uma taxa ao governo.

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