Presidente mais jovem da história, Gabriel Boric assume governo do Chile

Atualizado em 11 de março de 2022 às 8:45
Gabriel Boric acenando
Gabriel Boric em Santigo na última quinta-feira (10).

A partir desta sexta-feira (11), o Chile terá o presidente mais jovem de sua história no governo, Gabriel Boric. O mandatório também é um dos mais novos do mundo na atualidade. O líder estudantil de 36 anos venceu as eleições presidenciais chilenas em dezembro, e toma posse nesta manhã, um mês depois de seu 36º aniversário.

Assumindo o cargo em momento de grande ebulição social, Boric será ladeado por vários líderes estudantis que serviram ao lado dele durante dois mandatos no Congresso e agora estão se juntando ao seu gabinete. Na agenda dos primeiros meses do seu governo, estão reformas estruturais como a tributária e a da Previdência, a votação de medidas que reforçam o Estado de Bem-Estar Social e a coordenação do novo texto da Constituição, que substituirá a Carta atual, ainda da época da ditadura de Pinochet. O jovem também se destaca por seu viés feminista.

“Esta é a melhor geração de jovens políticos que o Chile teve em 50 anos”, diz Luis Maira, ex-ministro que foi mentor do novo presidente. “Sem sombra de dúvida, Boric está nos levando a um novo capítulo da história chilena.”

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A missão de Gabriel Boric

Apesar de Boric já se mostrar focado em pautas como saúde e educação, um dos maiores desafios dele será lidar com a atual crise da economia chilena, com inflação alta e esvaziamento de fundos governamentais. Outros dois gargalos que já estarão na mesa do novo presidente são a pressão migratória no norte do país, que divide chilenos, e o aumento do choque de indígenas mapuches com o governo por disputa de terras, que culminou com o envio de tropas militares às regiões de mais conflito.

Em 2019, o Chile passou por meses de agitação devido à desigualdade, corrupção e assistência social inadequada. Muitas das demandas dos manifestantes ecoaram aquelas que Boric e seus contemporâneos haviam empurrado em um movimento estudantil que exigia que o Chile fosse reconstruído com as preocupações de seu povo no centro.

Presidentes e monarcas de vários países foram ao Chile para acompanhar a posse do líder estudantil progressista, que substituirá o conservador Sebastián Piñera, duramente criticado durante a série de protestos no país.

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