Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
As críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o presidente da corte, ministro Alexandre de Moraes, têm sido apoiadas por oficiais-generais das Forças Armadas.
Segundo a Folha de São Paulo, cinco generais ecoam o discurso de Bolsonaro e afirmam que Moraes tem extrapolado nas decisões, chegando a cometer ilegalidades, de acordo com eles.
Os militares mencionam as decisões do TSE sobre direitos de resposta concedidos a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao relatório apresentado pela campanha bolsonarista sobre uma suposta fraude na programação eleitoral do mandatário que teria sido promovida por rádios no Nordeste, deixando de exibir inserções de Bolsonaro. Há uma percepção entre eles que as denúncias sobre as rádios não deveriam ser descartadas antes de uma apuração mais extensa.
No entanto, as rádios citadas nos relatórios que compõem a denúncia apresentada ao TSE contestam a afirmação de fraude. Além disso, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou estar arrependido de ter participado da apresentação à imprensa que lançou a tese do suposto boicote.
Apesar das queixas contra Moraes, os militares afirmam que o assunto é de responsabilidade dos partidos e da Justiça Eleitoral e que as Forças Armadas não devem se envolver em qualquer tipo de tema sobre o adiamento de eleições, que foi proposta por bolsonaristas após a rejeição do presidente do TSE à denúncia de boicote das rádios.
Os oficiais-generais dizem que o único foco das Forças Armadas no período das eleições é organizar as operações de Garantia de Votação e Apuração (GVA), como fazem tradicionalmente em apoio à Justiça Eleitoral.