
Nenhum general com gabinete no Palácio do Planalto faz parte até o momento da coordenação da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro. Liderado pelo filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro, o grupo conta por com a participação dos comandantes dos três principais partidos do Centrão, com os quais Bolsonaro tenta fazer uma coligação eleitoral para 2022. Entre eles está o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, o ex-deputado Valdemar Costa Neto e o deputado Marcos Pereira.
Entre os generais que despacham como ministros, Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria-Geral da Presidência da República, se ofereceu para ajudar na coordenação de campanha. Porém, os conselhos dele ainda não foram requisitados.
Apesar de ser amigo de Bolsonaro, Ramos não é considerado um articulador político competente pelos caciques que hoje comandam a administração. O próprio presidente já dispensou uma vez os serviços dele. Foi em março deste ano, quando, ao escancarar as portas do governo para o Centrão, Bolsonaro tirou Ramos da Secretaria de Governo, que cuida da relação com o Congresso, substituindo-o pela deputada de primeira mandato Flávia Arruda.
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Augusto Heleno permanece com opinião contra o Centrão
O general Augusto Heleno, que é chefe do Gabinete de Segurança Institucional, não procurou a coordenação para oferecer ajuda. Não foi uma surpresa, já que, na campanha de 2018, ele comparou o Centrão a um ajuntamento de ladrões.
Na época, o então candidato Bolsonaro dizia que jamais se renderia à velha política, o que acabou fazendo diante da necessidade de garantir estabilidade à sua gestão e afastar o risco de impeachment, e assim manter vivas as chances de reeleição.