Generais se afastam de ex-presidente e afirmam que ‘é preciso se livrar do bolsonarismo’

Atualizado em 3 de janeiro de 2023 às 7:39
Bolsonaro e Santos Cruz.
Foto: Alan Santos/PR

O ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro (PL), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Podemos), afirmou ao Estadão que uma das primeiras tarefas dos que desejam organizar a oposição de direita ao novo governo é esclarecer as pessoas que ‘se deixaram iludir por Bolsonaro’. Segundo o general, ‘é preciso se livrar do bolsonarismo’.

“É preciso se livrar de Bolsonaro e do bolsonarismo. O ex-presidente não tem condições de ser líder da direita. Ele não é de direita. É um extremista populista que só prejudicou e acarretou desgastes à direita. É um dos destruidores da direita e transferiu sua responsabilidade política para os militares”, disse.

Para ele, a direita terá de “se recompor com liderança de qualidade, e não com um fanfarrão”: “A liderança da direita precisa ser capaz de atrair o centro, se livrar do extremismo populista-bolsonarista”.

Expoente da direita militar no Distrito Federal, Paulo Chagas também divide a mesma opinião. Nas redes sociais, o general negou a disputa pelo voto bolsonarista. “Não sou caçador de seguidores, nem pregador de ilusões. Não tenho ambições políticas. Não sou demagogo ou uma metamorfose ambulante. Só me manifesto sobre o que tenho convicção”, afirmou.

As críticas dos generais da reserva ocorreram no mesmo dia em que o senador eleito Hamilton Mourão (Republicanos) se pronunciou em rede nacional.

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