General relaciona ações do Exército na Amazônia com diminuição do desmatamento; O que não ocorreu

Atualizado em 22 de dezembro de 2021 às 18:12
General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
General associa desmate inexistente na Amazônia a ações do Exército

O general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, comandante do Exército, defendeu as operações de intervenção militar na Amazônia, que custaram R$ 550 milhões aos cofres públicos, e as relacionou com a redução de desmatamento do bioma que, na verdade, não ocorreu.

Em uma mensagem de fim de ano aos comandados, publicada nas redes do Exército no dia de ontem (21), Oliveira fez um balanço das ações da Força e citou as operações de intervenção militar na Amazônia, garantidas por meio de decretos do presidente Jair Bolsonaro.

“No que tange ao meio ambiente, quero destacar as Operações Verde Brasil e Samaúma, realizadas em apoio aos órgãos de fiscalização ambiental, que apresentaram eficiente redução do desmatamento na Amazônia brasileira bem como coibiram a execução de outros crimes ambientais”, afirmou o comandante.

“A Amazônia sempre será nossa prioridade.”, completou.

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Operação Verde Brasil na Amazônia

A Verde Brasil teve duas fases: a primeira, entre agosto e outubro de 2019, e a segunda, entre maio de 2020 e abril de 2021. A Samaúma veio em seguida, entre junho e agosto de 2021.

O dado mais consolidado do desmatamento da Amazônia, medido pelo Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mostrou um recorde de devastação em 15 anos.

O desmatamento entre agosto de 2020 e julho de 2021, período que aconteceu a Verde Brasil 2 e a Samaúma, foi de 13.235 km², índice mais elevado desde 2006. O número representa um aumento de 22% em relação ao período anterior.

O governo Bolsonaro decidiu encerrar as intervenções militares na Amazônia, que ficavam acima da atuação dos órgãos com expertise na repressão ao crime ambiental: Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

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