Na última terça-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, anulou todas as decisões relacionas ao processo contra o proprietário da Cervejaria Petrópolis, Walter Faria. As determinações corriam no âmbito da operação Rock City, umas das fases da Lava Jato em 2019, que mirou o grupo.
Segundo a Polícia Federal, que o dono da empresa mantinha sua cervejaria no exterior com a utilização de pagamento de propinas. A suspeita é de que o empresário agia alinhado com a Odebrecht. Walter cumpriu pena, ficando preso preventivamente durante quatros meses no ano de 2019.
Na sua decisão, o ministro citou as conversas da Operação Spoofing, na qual o então juiz Sergio Moro interagia com procuradores da Lava Jato. O magistrado falou ainda que o diálogo deixava evidente um “acordo espúrio que importa na quebra da imparcialidade do magistrado e na nulidade dos atos praticados”. Por esse motivo, concluiu o juiz que existe “incompetência e nulidade desde a origem dos atos praticados nos autos da operação Rock City”.
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Revista chama Gilmar Mendes de “fazendeiro”; entenda
Nesta sexta-feira (8), a revista Crusoé compartilhou uma reportagem especial que tem como pauta principal o ministro do Supremo. Com a foto de Gilmar na capa, a publicação traz o seguinte título: “O fazendeiro Gilmar”. Segundo a apuração, Mendes teria “ganhado” da Assembleia Legislativa o direito a uma área equivalente a mais de 500 campos de futebol.
“As propriedades somam 7,2 mil hectares – algo como 7 mil campos de futebol – e valem, juntas, ao menos 25,3 milhões de reais, a se considerar os valores registrados nas matrículas dos imóveis”, diz parte da reportagem.