Gilmar Mendes pede que Moraes apure vídeo falso de jantar com filho de Lula

Atualizado em 25 de outubro de 2022 às 15:16
Gilmar Mendes durante jantar em Roma
Foto: Reprodução/Redes sociais

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai entrar com uma representação ao ministro Alexandre de Moraes no inquérito das fake news para que ele identifique o autor de vídeos que foram divulgados por bolsonaristas, com a informação falsa de que o magistrado jantou com um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Roma.

O responsável por espalhar as imagens disse que fazia isso para “ajudar o capitão”, em referência ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que desde que assumiu à Presidência tenta desqualificar o STF e já chegou a dizer que descumpriria ordens judiciais.

O autor da gravação compartilhou um áudio junto com a fake news, dizendo como tinha feito os registros. Ele afirma que estava jantando em um restaurante na Itália no dia 9 de outubro quando “de repente, cara, chega aí o Gilmar Mendes”.

O homem diz que decidiu registrar o momento e enviou por mensagens as imagens para o pai, “procurador público aposentado”, que falou: “Olha, puxa aí [procura por imagens] porque parece que o filho do Lula tá junto”.

“E realmente o rapaz está lá”, completa o autor do vídeo. “Então, sei lá se vai servir de alguma coisa, para ajudar lá o capitão, mas tá aí”, diz. Ele afirma ainda que mandou o vídeo para “o doutor Julio”, que seria do partido União Brasil, “para ver se adiantava”.

No entanto, nenhum filho de Lula estava à mesa e o ministro não tem relação com a família do petista. Gilmar Mendes disse que de fato estava no restaurante italiano citado, mas com outras pessoas.

Hoje, o magistrado divulgou uma foto do jantar nas redes sociais e escreveu: “Estive em Roma no início de outubro, participando de congresso na Universidade. Foto do jantar, com o desembargador Ney Bello e o professor Sérgio Victor. Este último, segundo fake news desesperada, seria o filho de uma personalidade política brasileira”.

O STF também emitiu uma nota sobre o assunto: “O STF alerta para a importância de não repassar informações publicadas em locais não confiáveis e com dados alarmistas ou teorias conspiratórias”.

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