Em ano de eleição, Globo desenterra caso Celso Daniel em minissérie para atingir Lula

Bolsonaro usou a mesma estratégia

Atualizado em 19 de janeiro de 2022 às 6:26
Celso Daniel
Foto. Reprodução

Em pleno ano eleitoral, a Globo resolveu desenterrar o aso do assassinato do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, para retomar acusação sem base de crime político para criar confusão e atingir Lula.

O presidente Jair Bolsonaro usou a mesma estratégia. Ao deixar um hospital no dia 5 de janeiro, o presidente comparou as “dúvidas” sobre a facada ao crime contra o prefeito petista. Ao citar pontos da investigação a respeito de Adélio Bispo, Bolsonaro afirmou que o caso “está muito parecido com o Celso Daniel”.

Assassinado em 2002 após um sequestro, as investigações da Polícia Civil concluíram que crime contra Daniel foi comum e seis homens foram presos, ou seja, não foi orquestrado por um grupo político, como iniste a narrativa de Bolsonaro. 

Por parte da Globo, será lançada uma minissérie: “O Caso Celso Daniel”. A emissora anunciou a estreia para o dia 27. “A atração, que terá oito episódios, dois a cada semana, trará depoimentos exclusivos de políticos, delegados, promotores e familiares do ex-prefeito”, afirma a chamada.

Entre os depoimentos constam os de Fernando Henrique Cardoso, José Dirceu, Gilberto Carvalho e Eduardo Suplicy.

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Delegado do caso Celso Daniel diz que tentam se aproveitar do episódio

Ao DCM, o delegado Marcos Carneiro Lima, que esteve no centro do caso do assassinato do ex-prefeito, admitiu que a vitória do ex-presidente Lula em 2002 alimentou uma tese de crime a mando de outros políticos do PT contra Daniel.

Em entrevista em 2016, o delegado afirmou: “Eu não gosto do Lula e nem tenho simpatia pelo seu partido, mas é nítido que as pessoas tentaram se aproveitar politicamente daquele episódio”. E ele diz que a história mentirosa volta de dois em dois anos, “sempre no período eleitoral”.

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