A cantora drag queen Gloria Groove subiu ao palco no último dia do festival Lollapalooza e defendeu que os jovens entre 16 e 18 anos participassem das eleições deste ano. “Vamos tirar esse título de eleitor, hein?”, disse. Ela estreou a turnê no palco neste domingo (27) e chega com a música mais tocada em streaming no Brasil entre todos os artistas contratados com a produção “Vermelho”, do álbum “Lady Leste”.
Além de Gloria Groove, outros artistas se manifestaram politicamente no palco. Pabllo Vittar, também drag queen, levou uma toalha com a foto do ex-presidente Lula, Emicida gritou “Fora Bolsonaro”, Jão anunciou “que música linda” após coro da plateia contra o presidente, e Fresno estampou no painel “Fora Bolsonaro” durante a apresentação da banda.
Na apresentação de hoje, ela disse “E pra todos os meus nenéns, principalmente os de 15 a 18 anos, vamos tirar esse título de eleitor, hein? Exercer a cidadania, porque isso é muito importante para o nosso futuro.”
Confira o vídeo:
Gloria Groove: "E pra todos os meus nenéns, principalmente os de 15 a 18 anos, vamos tirar esse título de eleitor, hein?"#GloriGrooveNoCanalBis #ForaBolsonaro #Lollapalooza2022 pic.twitter.com/paksBuDQYr
— Fábio Felix 🏳️🌈 (@fabiofelixdf) March 27, 2022
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Gloria Groove e o número 13
Após pedir para os jovens tirarem o título de eleitor, Gloria saiu do palco, trocou de roupa e apareceu com uma peça estampando o 13, número do Partido dos Trabalhadores, que será do ex-presidente Lula em outubro deste ano.
Confira a imagem abaixo:
Partido de Bolsonaro foi ao TSE para censurar artistas no Lollapalooza
O Partido Liberal (PL), cujo qual Bolsonaro é filiado, foi ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na tentativa de censurar os artistas que se manifestam contrariamente ao atual chefe do Executivo. O ministro Raul Araújo acatou o pedido na madrugada deste domingo por entender que havia “manifestação de propaganda eleitoral ostensiva”.
Em nota, a empresa responsável pelo evento, T4F, disse que “Não é demais ressaltar que muitos artistas também se manifestam em favor de Jair Bolsonaro, devendo também lhes ser resguardada a oportunidade de fazê-lo. Todas essas manifestações representam o exercício regular da liberdade de expressão. Referem-se a posições políticas, ou seja, a questão que deve justamente ser objeto de discussão pública, livre e insuscetível de censura”.