Governador do DF diz que tirou “soneca” durante ataques do 8/1

Atualizado em 23 de outubro de 2023 às 17:01
Governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Foto: Reprodução

Ibaneis Rocha (MDB), governador do Distrito Federal, afirmou que tirou uma “soneca” durante os ataques terroristas de 8 de janeiro. Em troca de mensagens, ele relatou que dormiu após receber uma informação errada de que os atos seriam pacíficos na ocasião. A informação é da revista Veja.

O relato da “soneca” foi feito ao empresário Luiz Estevão e consta em relatório da Polícia Federal sobre as investigações que apuram a negligência das forças policiais na data.

Nas mensagens obtidas pela PF, o delegado Fernando de Souza Oliveira, então número 2 da Secretaria de Segurança do Distrito Federal, manda um áudio a Ibaneis relatando que “não há nenhum informe de questão de agressividade” e “todo mundo está de forma ordeira e pacífica”.

Horas depois, ao fim do dia, Ibaneis relatou a “soneca” a Estevão, que comentou o áudio enviado pelo delegado oliveira e afirmou: “Fica claro que, se houve falhas no dia de hoje, a responsabilidade não é do Governador. O áudio é tão tranquilizador que, depois de ouvi-lo, dá pra tirar uma soneca”.

Na sequência, Ibaneis reclama do governo federal, da Polícia Federal e da decisão de não desmobilizar a o acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília.

Segundo a Polícia Federal, a primeira chamada registrada no telefone de Ibaneis no dia 8 foi feita pelo presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), às 16h10. A essa altura, o Congresso já havia sido invadido pelos terroristas.

Foram registradas, no total, 36 ligações para o telefone de Ibaneis na ocasião. Entre os autores das ligações estão a vice-governadora Celina Leão; o delegado Fernando; o ministro da Defesa, José Múcio; Pacheco; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (MDB-AL), e o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Ibaneis foi afastado do cargo por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e só retornou em março.

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