Governador do RJ é ameaçado de morte por “Bonde do Zinho”

Atualizado em 26 de outubro de 2023 às 12:42
Cláudio Castro (PL), governador do Rio de Janeiro. Foto: reprodução

O departamento de Inteligência da Polícia Civil do Rio de Janeiro emitiu um relatório reservado de urgência, revelando uma ameaça iminente ao governador Cláudio Castro (PL) e seus familiares. Segundo o documento ao qual o jornal Metrópoles teve acesso, a ameaça é proveniente do “Bonde do Zinho”, a maior milícia que atua no estado, em retaliação à morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão, ocorrida durante um confronto com policiais civis na última segunda-feira (23).

“Dados oriundos de fonte humana a respeito de ameaça ao Exmo. Sr. Governador Cláudio Castro e seus familiares. Tais dados dão conta de que as referidas ameaças têm origem na orcrim [organização criminosa] do tipo milícia denominada ‘Bonde do Zinho’, em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, vulgo Faustão, morto em confronto com policiais civis na data de 23/10/2023”, diz um trecho do relatório emitido pelo departamento de Inteligência da Polícia.

Zinho é tio do miliciano Faustão e a suposta ameaça ao governador seria uma represália à operação que culminou na morte do seu sobrinho. Em resposta, as medidas de segurança em torno do governador, sua esposa e seus dois filhos foram reforçadas.

Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho. Foto: reprodução

Em declarações recentes, Cláudio Castro destacou três figuras criminosas como alvos prioritários: Zinho, o líder do Comando Vermelho, Wilton Quintanilha, também conhecido como Abelha, e o miliciano Danilo Lima, o Tandera. O governo do Rio tem trabalhado em colaboração com a Polícia Federal e a Receita Federal para desmantelar financeiramente essas organizações criminosas.

Apesar da ameaça, o governador Cláudio Castro, por enquanto, não considera solicitar a intervenção federal no estado. Ainda assim, parlamentares bolsonaristas no âmbito estadual e federal pediram ajuda do governo Lula (PT) para o controle da situação no Rio de Janeiro.

Após o confronto que resultou na morte de Faustão, pelo menos 35 ônibus foram queimados na Zona Oeste do carioca. Essa foi a maior ação com coletivos incendiados na história da cidade, segundo o Rio Ônibus (sindicato das empresas do setor na cidade).

O miliciano é o terceiro da família a morrer em confrontos com a Polícia Civil do Rio. Em 2017, Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, morreu durante operação da Delegacia de Homicídios da Capital. Quatro anos depois, outro tio de Faustão foi morto, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, que reagiu à prisão durante operação.

Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, do Comando Vermelho, e Danilo Dias Lima, o miliciano Tandera. Foto: reprodução
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