Governo Bolsonaro incinerou 1,9 milhão de doses de vacina e TCU pede ressarcimento

Atualizado em 7 de março de 2023 às 15:49
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A vacina AstraZeneca. Foto: Reprodução

O governo de Jair Bolsonaro incinerou 1,9 milhão de doses da vacina AstraZeneca contra covid-19 no ano passado. Os imunizantes foram destruídos porque não foram distribuídos aos estados antes do fim do prazo de validade pelo Ministério da Saúde. A informação é da coluna de Carlos Madeiro no portal UOL.

O Tribunal de Contas da União (TCU) quer o ressarcimento dos gastos, estimados em R$ 1 milhão, pelos responsáveis pelo desperdício. A constatação foi feita em auditoria aprovada em 1º de março pelo órgão.

O Brasil recebeu 2,18 milhões de doses da vacina doadas pelo governo dos Estados Unidos. O envio ocorreu por meio de uma cooperação internacional e as doses chegaram a menos de 40 dias do prazo de vencimento, em 21 de novembro de 2021. À época, o país tinha mais de 22 milhões de pessoas infectadas com a doença e 612 mil mortos.

Segundo o TCU, a Saúde aceitou a doação de 2.187.300 doses da vacina “com prazo de validade bastante exíguo e sem prévia estratégia de utilização em tempo hábil”. O governo enviou amostras para a análise de qualidade e a autorização para o uso ocorreu em 10 de dezembro de 2021.

Apenas 282 mil foram distribuídas e o restante foi incinerado. Para o TCU, a pasta ignorou “o período que seria gasto para regularização das questões burocráticas e técnicas de tramitação e importação, bem como o tempo necessário para distribuição aos estados e a efetiva disponibilização”.

O órgão criticou a falta de planejamento do ministério e ainda gerou despesas de quase R$ 1 milhão com transporte e não gerou “benefícios à população”.

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