Governo Lula vai limitar voos no Santos Dumont para aumentar no Galeão

Atualizado em 8 de abril de 2023 às 15:37
Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou na sexta-feira (7) que o Aeroporto Santos Dumont (SDU), no Rio de Janeiro, terá uma redução no número de passageiros neste ano.

Em uma publicação nas redes sociais, o ministro afirmou que irá retomar o protagonismo do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão.

“Nós vamos retomar o protagonismo do Galeão! Esse é um compromisso nosso demonstrado desde o início do Governo Lula. Cabe esclarecer que a Secretaria de Aviação Civil está elaborando estudos com possíveis soluções para ampliar o número de passageiros no aeroporto”, escreveu França no Twitter.

A decisão ocorre após a polêmica envolvendo o anúncio do aumento da capacidade de passageiros do Santos Dumont pela Infraero, que revisou a capacidade do terminal de 9,9 milhões para 15,3 milhões de passageiros por ano.

A Infraero alegou que a “definição da capacidade de processamento de passageiros tem relação com a demanda, que varia entre horários de pico e de baixo fluxo”. Na decisão, a estatal ainda disse que segue critérios estabelecidos pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês).

Ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França. Foto: Reprodução

No ano passado, o aeroporto recebeu mais de 10 milhões de pessoas, superando a capacidade máxima do terminal. Sobrecarregado e com fila até para pegar a escada rolante, Márcio França afirmou que o aeroporto “ficará abaixo de 10 milhões de passageiros em 2023″.

O ministro ainda informou que as possibilidades serão apresentadas ao governador Cláudio Castro (PL-RJ) e ao prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) no próximo dia 24. “Quando está prevista uma reunião entre nós três”, disse.

“Por fim, reafirmo que qualquer decisão sobre o aeroporto será comunicada diretamente ao Governador e ao Prefeito. Não travaremos um debate complexo e importantíssimo como esse por meio de “interlocutores” ou via redes sociais. O Brasil voltou e o Galeão vai voltar também”, declarou França.

Eduardo Paes já havia questionado, através das redes sociais, o ajuste na capacidade do Santos Dumont. O político classificou o movimento como “canalhice inaceitável”, sendo uma estratégia para inviabilizar o Galeão.

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