Governo Tarcísio recua após incluir vídeo do MBL em seu material didático

Atualizado em 3 de maio de 2024 às 21:54
Tarcísio de Freitas falando com expressão séria em microfone
Governo de Tarcísio retirou vídeo do ar – Agência Brasil

O governo liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) incluiu um vídeo produzido pelo Movimento Brasil Livre (MBL) em seu material didático, mas diante da repercussão negativa, optou por retirá-lo. A secretaria estadual de Educação anunciou que está iniciando uma investigação sobre o assunto.

O conteúdo de língua portuguesa, que continha o vídeo originalmente compartilhado pelo MBL estudantil no YouTube sobre os grêmios estudantis, foi retirado da plataforma. Em comunicado oficial, a pasta afirmou: “A Secretaria da Educação informa que a referida aula foi retirada da plataforma e seu conteúdo completamente editado a fim de se adequar aos protocolos pedagógicos da rede”.

“Uma apuração preliminar foi instaurada para responsabilizar os envolvidos, e um novo protocolo de revisão de aulas e demais conteúdos foi estabelecido”, informou o órgão.

Esse material fazia parte do material digital oferecido aos alunos da 2ª série. O vídeo, publicado em maio de 2019, aborda as funções dos grêmios estudantis e seu funcionamento.

Print de vídeo do MBL sobre grêmio estudantil
Vídeo foi retirado do ar – Reprodução/YouTube

A secretaria de Educação, sob o comando de Renato Feder, vem implementando mudanças significativas. No ano anterior, o governo Tarcísio optou por não participar do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que financia a compra de livros didáticos com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, ligado ao Ministério da Educação (MEC).

Adicionalmente, decidiu-se que, a partir de 2024, as escolas públicas de São Paulo utilizarão exclusivamente material didático digital a partir do 6º ano do ensino fundamental.

Após críticas à viabilidade do uso exclusivo de material digital e a identificação de erros nas apostilas elaboradas pela secretaria, o governo Tarcísio voltou atrás em sua decisão e reintegrou o PNLD.

Meses mais tarde, Renato Feder admitiu que abrir mão dos livros didáticos fornecidos pelo governo federal foi um dos “grandes erros” de sua gestão, reconhecendo que a medida não foi a mais inteligente e optando por retomar a adesão ao programa.

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