O PT e o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva decidiram que a segurança pessoal do presidente da República não ficará mais sob cuidados das Forças Armadas, segundo a Folha de S.Paulo.
Na avaliação do novo governo, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi infestado por aliados de Bolsonaro, o que impõe risco à segurança de Lula.
Após a posse do petista, a Polícia Federal deve continuar fazendo proteção de Lula até uma reestruturação definitiva. O delegado federal Alexsander Castro Oliveira será o responsável pelo trabalho de segurança.
No atual governo de Jair Bolsonaro (PL), a prerrogativa da segurança presidencial como um todo é do GSI, que está sob o comando do general Augusto Heleno.
Por avaliar que a pasta está repleta de bolsonaristas, a equipe da PF com Lula tem feito a segurança do futuro presidente e não aceitou a proposta da equipe de Heleno para participar dos cuidados da posse.
O plano do governo eleito é fazer uma reestruturação. Petistas afirmam que está em estudo a possibilidade de editar um decreto para oficializar a mudança. O texto seria publicado assim que Lula tomasse posse.
A proposta consta no relatório do grupo de inteligência, que também sugeriu que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) fosse retirada do GSI.
Segundo o futuro ministro da Casa Civil e governador da Bahia, Rui Costa (PT), uma estrutura provisória de segurança fará a proteção de Lula até uma reestruturação definitiva.
“Nós teremos uma estrutura provisória que continuará dando segurança ao presidente até a reestruturação definitiva, que ele definirá qual é mais à frente”, disse Rui Costa, na terça-feira (20), no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.
Alguns integrantes da transição dizem que no futuro, quando o GSI estiver menos politizado, pode haver uma nova discussão para que a segurança do presidente da República volte para a pasta.