Segundo David Nemer, professor titular e pesquisador no Departamento de Estudos de Media na Universidade da Virgínia, especialista em Antropologia da Informática, o cancelamento do Censo não é falta de recursos, mas método:
“A guerra do Bolsonaro contra o Censo não é uma coisa momentânea, ela vem da cartilha definida por Steve Bannon. A manipulação do Censo, em sua raiz, foi algo que Bannon aconselhou Salvini, na Itália, Orbán, na Hungria, e Trump, aqui nos EUA”.
O pesquisador ainda cita os impactos nas eleições americanas e como a falta do levantamento afetou na disputa:
“Aqui nos EUA, Trump tentou colocar a pergunta se a pessoa era cidadã dos EUA, ele cortou fundos, e grupos de supremacistas brancos empurraram seus homens para voluntariar na coleta de dados para assim manipularem os dados ou evitar cidades/bairros historicamente negros”.
“Essa questão não é por falta de verba ou qualquer outra coisa, é uma política da extrema direita que odeia o orgulho negro e a crescente diversidade populacional”, completa.
A guerra do Bolsonaro contra o Censo não é uma coisa momentânea, ela vem da cartilha definida por Steve Bannon. A manipulação do Censo, em sua raiz, foi algo que Bannon aconselhou Salvini, na Itália, Orbán, na Hungria, e Trump, aqui nos EUA. (1/3)
— David Nemer (@DavidNemer) April 28, 2021
As implicações negativas de não se executar o Censo já foi debatido por aqui. Mas é importante frisar que essa questão não é por falta de verba ou qualquer outra coisa, é uma política da extrema direita que odeia o orgulho negro e a crescente diversidade populacional. (3/3)
— David Nemer (@DavidNemer) April 28, 2021