As tensões entre Israel e o Hamas atingiram um ponto crítico após uma semana de embates, com as Forças de Segurança de Israel se preparando para uma possível incursão terrestre na Faixa de Gaza. O acirramento do conflito levou à evacuação ordenada pelo Exército de Israel, com um prazo estabelecido para que os civis abandonassem a área norte do território palestino.
A decisão de deslocamento em massa provocou um êxodo de milhares de palestinos em direção ao sul da Faixa de Gaza, em meio a um clima de pânico e temor generalizados. No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) condenou veementemente a ordem de evacuação, apontando para as consequências humanitárias devastadoras que tal medida poderia desencadear.
Enquanto isso, os esforços diplomáticos para encontrar uma solução humanitária estão em andamento, com o secretário-geral da ONU, António Guterres, em contato direto com Israel na tentativa de mitigar o potencial impacto catastrófico do conflito. No entanto, na sexta-feira (13), o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, disse que a comunidade internacional que deve agradecer o governo israelense por alertar sobre a evacuação.
Na quinta-feira (12), o major Roni Kaplan, porta-voz dos reservistas das Forças de Defesa de Israel, confirmou, durante uma entrevista, que o governo sionista preparava cerca de 35 batalhões na fronteira com Gaza, prontos para a ação caso haja aval israelense.
O discurso incisivo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, indica uma postura inabalável, com promessas de destruição do Hamas para, segundo ele, defender o Estado de Israel. As operações militares em andamento visam recuperar reféns e neutralizar estruturas do grupo palestino, supostamente escondidas entre a população civil.
Enquanto o Conselho de Segurança da ONU se reuniu para abordar a crise, as negociações permanecem estagnadas, sem um consenso claro sobre a situação. A escalada do conflito desde o sábado anterior (7) resultou em um número alarmante de vítimas em ambos os lados, com os brasileiros presos na região enfrentando dificuldades para a retirada segura.
As tensões continuam a aumentar, com a esperança de um desfecho pacífico escassa. O desafio iminente para o governo brasileiro é a repatriação de cidadãos brasileiros que permanecem na Faixa de Gaza, buscando garantir sua segurança e bem-estar em meio à crise contínua.
A falta de segurança obrigou o Itamaraty a adiar a busca por brasileiros em Gaza. Segundo informações da GloboNews, eles aguardavam desde sexta-feira a autorização da Embaixada do Brasil na Palestina para iniciar sua jornada, mas próximo ao meio-dia em Gaza, o embaixador Alessandro Candeas informou que Israel não havia concedido permissão para atravessar o território. Como resultado, a recomendação agora é que retornem ao abrigo e aguardem novas orientações.
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