Haddad anuncia novos diretores para o Banco Central; saiba quem são

Atualizado em 30 de outubro de 2023 às 14:36
Fachada do Banco Central do Brasil. Foto: reprodução

Nesta segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou as indicações dos economistas Paulo Picchetti e Rodrigo Teixeira para diretorias do Banco Central. A formalização das nomeações deve ocorrer ainda nesta segunda pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Picchetti deve assumir a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e Teixeira tende a ir para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

No entanto, a confirmação está sujeita à sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, seguida de votação pelos senadores na CAE e em plenário.

Com a adição dos novos indicados, o Banco Central passará a contar com quatro membros do governo atual. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, e outros oito diretores compõem a diretoria colegiada.

Paulo Picchetti (esq.) e Rodrigo Alves Teixeira (dir.), indicados para ocupar diretorias do Banco Central

Picchetti, com experiência acadêmica destacada, possui mestrado em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e doutorado pela Universidade de Illinois (EUA). Atualmente, é professor na Escola de Economia da FGV, com conhecimentos abrangentes em métodos quantitativos, teoria dos jogos e econometria.

Haddad descreveu Picchetti como “responsável há muitos e muitos anos pelos principais indicadores de inflação do país. Uma pessoa que tem um repertório acadêmico considerável e um conhecimento da área a toda prova”, descreveu o ministro.

Já Teixeira, funcionário de carreira do Banco Central, é destacado por sua contribuição na prefeitura de São Paulo como subsecretário de Gestão, além de ter mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo.

“Foi meu subsecretário de Gestão quando eu era prefeito de São Paulo. […] É uma pessoa que me ajudou muito na prefeitura de São Paulo, com reestruturação de carreiras. Vai poder, junto ao Banco Central, fazer uma mediação necessária com o governo federal neste momento. Tem o respeito dos colegas, dos demais diretores”, disse Haddad sobre Teixeira.

Os diretores do Banco Central têm a responsabilidade crucial de monitorar a inflação, utilizando a taxa básica de juros da economia, a Selic, como principal ferramenta de controle. O próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) está marcado para esta semana, com previsões indicando um novo corte na taxa para 12,25% ao ano.

Durante este ano, o presidente Lula expressou críticas quanto ao patamar da taxa básica de juros, alegando seu impacto no crescimento econômico e na geração de emprego e renda. A reunião entre Lula e o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, em setembro, teve como objetivo “construir uma relação” entre os dois, conforme revelado pelo ministro Haddad.

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