
Um refugiado haitiano teria sido laranja de um esquema de corrupção que supostamente tem o envolvimento do governador afastado do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL). Relatório da Polícia Federal mostra que a organização criminosa pode ter usado o estrangeiro no esquema.
Segundo informações da PF, o haitiano tinha renda de R$ 1 mil. Porém, há extrato bancário em seu nome com saldo de R$ 420 mil. Miciale Pierre disse em depoimento que seu contratante, Rafael Augusto de Souza, pagava R$ 500 a mais por mês. Ele só precisava colocar uma empresa em seu nome. O motivo não foi explicado para o haitiano, segundo ele.
O extrato mostra depósitos de até R$ 30 mil feitos pela empresa. Há ainda transações de até R$ 60 mil. Todos os detalhes foram dados pela Folha de S. Paulo.
O relatório ainda apresenta similaridade entre os números dos cartões de Miciale e Quaresemin, sobrinho do governador afastado. Isso sugere que os dois sejam titular e adicional.
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Governador do Tocantins foi afastado
Carlesse foi afastado do governo de Tocantins por 180 dias em outubro. A decisão foi do ministro Mauro Campbell, do STJ. No fim do ano passado, a Assembleia Legislativa abriu um processo de impeachment. O governador afastado responde por crime de responsabilidade.
Uma das suspeitas é que Carlesse teria desviado verba de parte do que o estado repassava a hospitais. Uma parte do dinheiro era devolvida ao governador e aliados envolvidos. Mauro teria recebido R$ 9,5 milhões nos últimos três anos.
O advogado do governador afastado se manifestou. “Como a experiência tem mostrado, lamentavelmente, nessa fase inquisitorial, os investigadores não têm escrúpulos em transformar muitas vezes fatos comuns da vida em especulações sobre cometimento de crimes! Ademais, como certamente é o caso, o relatório a que você se refere, se efetivamente existente, não passa de vazamento criminoso da investigação”.
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