Hidroxicloroquina é ineficaz e não previne internações por Covid, diz novo estudo

Atualizado em 1 de abril de 2022 às 15:47
Hidroxicloroquina é ineficaz como tratamento precoce
Hidroxicloroquina não reduz hospitalizações, segundo estudo
Foto: Reprodução

A hidroxicloroquina não é eficaz em tratamento de pacientes com quadros leves ou moderados de Covid-19 no início da infecção e não reduz hospitalizações por complicações da doença.

É o que diz o estudo feito pela  Coalizão Covid-19, aliança liderada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa, pelo Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).

Para a pesquisa os pacientes foram divididos em dois grupos por meio de um sorteio. Metade deles foi medicado com hidroxicloroquina em até sete dias do começo dos sintomas, e por mais sete dias seguidos. Segundo o estudo, a dose avaliada foi de 800 mg no primeiro dia (400 mg a cada 12 horas), seguida de 400 mg no dia pelo resto do período.

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Grupo que recebeu o placebo não teve diferença nos resultados

Hidroxicloroquina não é eficaz como tratamento precoce
Foto: Reprodução

O outro grupo recebeu o placebo da mesmo forma. Os participantes foram acompanhados por 30 dias e os resultados mostraram que não houve diferença significativa na ocorrência de hospitalização. Dos que tomaram hidroxicloroquina, 6,4% foram internados por complicações da Covid-19. Entre os que não foram medicados, foram internados 8,3%, de acordo com a Coalizão.

“Na análise estatística, ou seja na avaliação se esta diferença é real ou aconteceu por acaso, não houve significância estatística, portanto, a hidroxicloroquina não se mostrou eficaz para prevenir hospitalizações por Covid”, diz Álvaro Avesum, diretor do Centro Internacional de Pesquisa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e também integrante da Coalizão.

Não houve diferença significativa de eventos adversos sérios ou no número de óbitos, que foram cinto em cada grupo.

Uma segunda análise, envolvendo as 949 pessoas que do grupo total de participantes da pesquisa (1372) tiveram exame confirmando a infecção pelo coronavírus, mostrou resultados similares. O medicamento não demonstrou benefícios na prevenção de hospitalizações pela doença.

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