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IBGE: Brasil bate recorde de casamentos homoafetivos em 2022

Casamento homoafetivo — Foto: Luis Henrique/G1 AM

O número de casamentos homoafetivos oficializados no Brasil atingiu uma marca recorde em 2022, totalizando 11 mil uniões, sendo aproximadamente 60% entre cônjuges do sexo feminino. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (27).

Apesar do avanço, as uniões entre pessoas do mesmo sexo representam apenas 1% dos 970 mil casamentos civis registrados no país em 2022, indicando um crescimento de 20% em relação ao ano anterior. Desde 2013, os cartórios são obrigados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a oficializar essas uniões.

Paralelamente, o número de divórcios também aumentou, chegando a 420 mil términos de casamento em 2022. A média de idade dos homens ao se divorciarem é de 44 anos, enquanto para as mulheres é de 41 anos.

Por outro lado, o Brasil registrou uma diminuição no número de nascimentos pelo quarto ano consecutivo, com 2,54 milhões de bebês nascidos em 2022, em comparação com os 2,89 milhões em 2018. A faixa etária mais comum entre as mães ao dar à luz é de 20 a 29 anos, representando 49,2% dos casos.

Nascimento de crianças no Brasil segue com números em queda. Foto: reprodução

Também houve uma queda considerável nos números de mortalidade no Brasil, com 1,5 milhão de mortes registradas em 2022, em comparação com 1,78 milhão em 2021. Esse declínio é atribuído em parte à vacinação contra a Covid-19, que reduziu as mortes relacionadas à doença.

No entanto, o número de óbitos entre crianças e adolescentes aumentou em cerca de 8% em relação ao ano anterior, com destaque para a faixa etária até 4 anos, cujas mortes passaram de 4.700 para 6.000. A pesquisadora do IBGE Klívia Brayner sugere que a pandemia teve influência nesse aumento, especialmente devido a doenças respiratórias como gripe e pneumonia.

“Os óbitos cujas causas foram doenças respiratórias como gripe, pneumonia, bronquiolite, asma e outras corresponderam a mais de 60% da diferença do total no número de óbitos nessa faixa etária [0 a 14 anos] entre 2021 e 2022”, explicou Klívia à Veja.

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Augusto de Sousa

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