IML diz que não é possível saber se idoso morreu antes ou depois de chegar ao banco

Atualizado em 17 de abril de 2024 às 18:48
Vídeo de Erika e Paulo obtido pela Record. Foto: reprodução

O laudo feito pelo IML (Instituto Médico Legal) afirma que não é possível saber se Paulo Roberto Braga, idoso que foi levado morto por mulher a agência bancária, morreu durante o trajeto ao local, no interior do estabelecimento ou se já foi transportado sem vida. O documento ainda apontou que o óbito foi causado por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca.

Segundo o exame de necropsia, ele morreu entre 11h30 e 15h20 desta terça (16). “Não há elementos seguros para afirmar, do ponto de vista técnico e científico, se o Sr. Paulo Roberto Braga faleceu no trajeto ou interior da agência bancária, ou que foi levado já cadáver à agência bancária”, diz o perito no laudo.

A polícia investiga o caso e a principal hipótese é que ele estava morto duas horas antes de entrar na agência. Segundo o delegado Fábio Luis, titular da 34ª DP, o corpo estava com livores cadavéricos (acúmulos de sangue por interrupção de circulação) que indicam que ele não teria morrido sentado.

As marcas encontradas no corpo do idoso indicam que ele deve ter morrido enquanto estava deitado. O delegado aponta que ele teria marcas nas pernas se tivesse ido a óbito enquanto estava na cadeira de rodas.

O IML ainda apontou que ele estava “previamente doente, com necessidades de cuidados especiais”. A sobrinha de Paulo, Érika de Souza Vieira Nunes (42), se apresentou como cuidadora do idoso.

Ela foi presa em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver. Ela foi submetida a exame de corpo de delito no IML na manhã desta quarta (17) e prestou depoimento à polícia.

Durante sua oitiva, ela alegou que o empréstimo foi feito pelo idoso no fim de março e que ela foi ao banco somente para sacar o dinheiro. Érika também disse que ele manifestou desejo de retirar o dinheiro para comprar uma TV e fazer uma obra em sua casa.

A polícia analisa vídeos de câmeras de segurança para tentar descobrir em que momento do trajeto o idoso morreu. Investigadores já ouviram até mesmo o motorista de aplicativo que fez o transporte da mulher ao shopping onde está localizada a agência.

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