De acordo com aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-mandatário “não se renderá” à possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torná-lo inelegível e não irá desistir de retornar ao comando do país, nem indicar um sucessor político.
Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, pessoas próximas ao ex-chefe do Executivo afirmaram que ele seguirá na militância política e esperará o tempo passar para tentar reverter a inelegibilidade no próprio TSE, em 2026.
Para o núcleo central do bolsonarismo, no Brasil, tudo é possível. Dessa maneira, a estratégia do ex-capitão se concentraria nas consequências da passagem do tempo. A primeira delas é o fato de que o ministro Alexandre de Moraes terá que deixar o TSE em junho de 2024.
Com isso, o TSE terá entre seus integrantes três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e André Mendonça. Vale destacar que Nunes Marques e Mendonça foram indicados ao STF pelo ex-presidente. Ambos são considerados “voto certo” a favor de Bolsonaro.
Já a segunda consequência da passagem do tempo que poderia beneficiar o ex-mandatário é um possível desgaste do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no poder, uma vez que o contexto político mudaria e Bolsonaro teria mais chances de recuperar o direito de se candidatar.