Inflação: Pandemia e guerra fazem preço de itens básicos dispararem

Concentrada em itens básicos o aumento dos preços tem forte impacto em lares de renda baixa, nos quais boa parte da renda familiar é destinada a alimentação

Atualizado em 5 de abril de 2022 às 9:39
Preços de intens básicos aumentam co pandemia e guerra
Alta nos alimentos por consequencias da pandemia e da guerra na Ucrânia
Foto: Reprodução

Desde o início da pandemia da Covid-19, os preços dos alimentos têm aumentado, porém, com a guerra da Ucrânia a inflação tem subido ainda mais. Em dois anos, o preço médio de alimentação e bebidas subiu 27,2%; o do botijão de gás, 49,1%. Realidade tem impactado lares que destinam boa parte da renda para alimentação.

Segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desde março de 2020, quando a Covid-19 foi caracterizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como pandemia, até o mesmo mês de 2022, comer e cozinhar os alimentos se tornou muito mais caro.

No mesmo período, o índice oficial de alta dos preços cresceu ainda 16,9%. Em 2021, a inflação alcançou 10,06%, a maior alta em seis anos. O que mostra que esses aumentos foram maiores que o da inflação geral. A previsão da inflação este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5%. Será considerada cumprida se fechar no intervalo entre 2% e 5%.

Dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda revelam aceleração dos preços, em fevereiro, para todas as classes de renda pesquisadas, mas, no caso das famílias de renda muito baixa, a alta foi mais acentuada: 1%, em fevereiro.

LEIA MAIS:

1- Com alta nos preços, gás e gasolina da Argentina são vendidos ilegalmente no Brasil

2- Mortes e alta no preço dos alimentos: quais são os impactos do frio intenso?

3- Em ano de pandemia, planos de saúde aumentam seus preços quatro vezes mais que a inflação

Inflação: Aumento dos preços dos combustíveis

aumento do preço dos combustiveis afeta economia
Aumento nos preços dos combustiveis afeta o valor doa alimentos
Foto: Reprodução

Se no começo da pandemia os preços aumentaram drasticamente por consequência do aumento das exportações de produtos agrícolas, incentivadas pela alta do dólar, em 2022, com o início da guerra na Ucrânia, os brasileiros viram esses preços subirem ainda mais. Isso por conta também da elevação dos preços do petróleo no mercado internacional.

Segundo a última estimativa do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, a inflação anual prevista para 2022 chegue a 6,45%, impulsionada pelo reajuste nos combustíveis. A previsão inicial para o ano não chegava a 6%. Durante o período analisado pelo, a gasolina acumulou aumento de 46,1%, e o diesel ficou 53% mais caro.

“A alta do preço dos combustíveis, devido ao conflito, inflaciona tudo: bens e serviços”, explica Luiz Roberto Cunha, especialista em inflação e professor de ecoA.

Clique aqui para se inscrever no curso do DCM em parceria com o Instituto Cultiva

Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link