VÍDEO: Influenciadoras russas destróem bolsas Chanel por causa da russofobia

Nos comentários das publicações, pessoas de diversos lugares do mundo criticam as influenciadoras. “Você chora por sua bolsa! As mães da Ucrânia choram por seus filhos”

Atualizado em 10 de abril de 2022 às 13:51
Influêciadoras boicotam marcas após sanções a Russia
Influenciadoras destruindo as bolsas
Foto. Reprodução

Influenciadoras digitais russas iniciaram um boicote à marca francesas Chanel na última terça-feira (5) com protestos no Instagram, após a empresa e várias outras saírem do território russo. A marca incluiu ainda um pedido para a suspensão de venda de seus produtos para pessoas que possam usá-los na Rússia.

A DJ Katya Guseva, com 591 mil seguidores, e a jornalista Marina Ermoshkina, com 303 mil seguidores, começaram com os vídeos, na última terça-feira (5). Durante a semana, foram seguidas por outras.

“Essa marca não terá meu dinheiro e eu tenho respeito por mim mesma. Eu sou contra a russofobia e sou contra essa marca que apoia a russofobia”, disse Marina no vídeo, enquanto destrói com uma tesoura de jardinagem, avaliada em 400 mil rublos, cerca de R$ 22 mil.

Nos comentários das publicações, pessoas de diversos lugares do mundo criticam as influenciadoras. “Você chora por sua bolsa! As mães da Ucrânia choram por seus filhos”, diz um comentário na publicação de Victoria Bonya, que tem 9,3 milhões de seguidores. Na legenda, a influencer diz que nunca viu “uma marca ser tão desrespeitosa com os clientes”. Em video, Bonya corta uma clutch, tipo de bolsa pequena, avaliada em 8 mil euros, ou quase R$ 41 mil.

Paralelo a isso, a influenciadora Anna Kalashnikova evitou rasgar qualquer uma de suas bolsas da Chanel. Ela disse estar “indignada com o ato de russofobia da marca”, mas se recusa a destruir os objetos, pois “negatividade gera negatividade”. A apresentadora afirmou que vai doar os artigos para instituições de ajuda humanitária a refugiados e mulheres de Donbass, um dos lugares mais afetados após a invasão à Ucrânia.

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Empresas europeias lutam contra possível falência após sanções à Rússia

Marcas sofrem com sanções economicas a Rússia
Vladmir Putin
Foto. Reprodução

Após sanções feitas à Russia, empresas estão aflitas com as consequências econômicas da medida. Sergio Amaranti, empresa italiana de calçados sobrecarregada com a montanha de mercadorias não pagas, está entre os milhares de companhias europeias que lutam contra uma reação cada vez mais ampla do conflito.

A guerra que já dura um mês, está afetando a retomada econômica da Europa da pandemia de Covid-19, ameaçando sua recuperação com grande oferta de empregos. Fabricantes e varejistas injetaram novas incertezas na tomada de decisões econômicas.

“É assustador”, afirma Moira Amaranti, que administra a empresa. Ela diz que temia que a perda financeira repentina pudesse desestabilizar a empresa de 47 anos, que sustenta 20 antigos funcionários e suas famílias.

“Estou muito preocupada”, disse Amaranti, cuja prioridade é encontrar soluções que mantenham seus trabalhadores remunerados. “Um empresário carrega o peso de muitas famílias.”

À medida que as interrupções pressionam as empresas europeias e seus trabalhadores, os governos da França, Espanha e países vizinhos estão revendo as prioridades de gastos e prometendo enormes subsídios para compensar os problemas.

A Comissão Europeia autorizou as empresas afetadas por sanções contra a Rússia a receber até 400 mil euros (R$ 2 milhões) em ajuda estatal. Empresas e consumidores europeus recebem descontos governamentais na bomba de gasolina e em suas contas de energia.

“Quanto mais a guerra durar, maiores serão os custos econômicos e maior a probabilidade de acabarmos em cenários mais adversos”, alertou Christine Lagarde, chefe do Banco Central Europeu, na últma quarta-feira (6).

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