Israel negocia com EUA e promete restabelecer fornecimento de água no sul de Gaza

Os palestinos em Gaza estão sendo obrigados a utilizarem água suja vinda de poços

Atualizado em 15 de outubro de 2023 às 14:04
Família de palestinos sentados sobre os escombros de um dos prédios destruídos em ataque aéreo de Israel em Rafah, na Faixa de Gaza, em 12 de outubro de 2023. Foto: Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images

O ministro de Energia de Israel, Israel Katz, anunciou neste domingo (15) que o país restabelecerá o fornecimento de água no sul da Faixa de Gaza. Segundo Katz, o acordo foi alcançado entre o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

A distribuição de água, energia e combustível para a região foi interrompida em 9 de outubro, quando Israel decretou um “cerco total” dois dias após o ataque sem precedentes do Hamas ao país. Na quinta-feira (12), Katz havia declarado que o bloqueio seria mantido até a libertação de reféns pelo Hamas.

O sul de Gaza é a área para onde milhares de palestinos, bem como cidadãos de outras nacionalidades, incluindo brasileiros, foram deslocados após a ordem de evacuação do norte de Gaza, também conhecido como Cidade de Gaza.

Escombros de um dos prédios destruídos em ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza. Foto: Reprodução

Com o esgotamento da água potável, a agência da ONU afirma que os palestinos em Gaza estão sendo obrigados a utilizarem água suja vinda de poços, o que aumenta o risco de transmissão de doenças.

Desde quando começou o cerco imposto por Israel, nenhuma ajuda humanitária é autorizada a entrar em Gaza, afirma a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).

O ministro de Israel na ONU, Gilad Erdan, afirmou as ajudas humanitárias da ONU teriam parado na mão do Hamas  e de outros grupos, os fortalecendo ao longo dos anos. O ataque aos organismos internacionais foram uma resposta à condenação pública da ordem de evacuação da Palestina.

Até o momento, o conflito, que teve início após o ataque do grupo Hamas no sábado retrasado (7), já resultou em pelo menos 3.850 mortes, sendo 2.450 em território palestino e 1.400 em Israel.

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