Itamaraty evita escalada do conflito com Israel e espera que os ânimos se acalmem

Atualizado em 18 de fevereiro de 2024 às 23:51
Lula na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, na Etiópia. Foto: REUTERS/Stringer

Após o presidente Lula fazer uma comparação entre as mortes de palestinos em Gaza ao Holocausto, o Itamaraty decidiu adotar o silêncio como estratégia para evitar a escalada da crise diplomática entre os países.

Fontes do ministério afirmaram que uma manifestação oficial só deve ocorrer após o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, se apresentar formalmente à chancelaria de Israel.

Ele foi convocado pelo governo israelense para prestar esclarecimentos sobre o episódio e deve comparecer nesta segunda (19) às autoridades israelenses.

Internamente, o Itamaraty espera que o governo de Israel não tome medidas adicionais além da convocação do embaixador brasileiro, e que a questão se acalme com o passar dos dias. Um membro da chancelaria fez um paralelo da situação deste domingo com a convocação, em pelo menos três ocasiões, do embaixador de Israel no Brasil para dar explicações.

Frederico Meyer foi convocado a se apresentar a Israel. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Um exemplo mencionado foi a convocação do embaixador de Israel, Daniel Zonshine, em outubro do ano passado, para dar explicações sobre as críticas que fez à atuação do governo brasileiro em relação à guerra entre Israel e o Hamas.

O diplomata tinha se reunido na Câmara dos Deputados com parlamentares da oposição para pedir apoio para o que chamou de “brandas” manifestações de Lula sobre o conflito no Oriente Médio.

Na ocasião, o ex-presidente Jair Bolsonaro, adversário político do petista, participou do encontro, o que aumentou a irritação no Palácio do Planalto.

O membro do Itamaraty avalia que esse tipo de situação, de chamar o embaixador, ocorre quando um presidente ou primeiro-ministro deseja expressar sua insatisfação em relação a ações do outro governo. No entanto, isso geralmente não leva a outras medidas. Com informações da coluna de Bela Megale, no Globo.

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