VÍDEO: Bolsonaro é comparado a Jesus por prefeito bolsonarista no Nordeste

Atualizado em 10 de fevereiro de 2022 às 11:09
A imagem de Bolsonaro
Bolsonaro é comparado a Jesus por prefeito bolsonarista no Nordeste. Foto: Reprodução/YouTube

A ida de Jair Bolsonaro (PL) ao Nordeste teve show do sanfoneiro Amazan. E ele foi comparado, acredite se quiser, com Jesus Cristo, o filho de Deus, por seus apoiadores extremistas.

Na solenidade de entrega de obras da transposição do rio São Francisco no Rio Grande do Norte, o presidente foi comparado a Jesus por levar água ao Nordeste.

Estava rodeado de ministros, prefeitos, deputados e vereadores e apoiadores em um palanque, ele fez um discurso a apoiadores vestindo verde e amarelo com fortes críticas ao PT e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal rival nas eleições presidenciais de outubro, lembra o jornal Valor Econômico.

Comícios eleitorais estão liberados somente a partir de 16 de agosto, segundo o calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas o evento desta terça, na cidade de Jardim de Piranhas, foi marcado por características similares às de um evento de campanha, com claque na plateia, vídeos emotivos e músicas similares a jingles para enaltecer o presidente.

Foi justamente em uma canção, tocada na sanfoma por José Amazan (PSD), músico e prefeito de Jardim do Seridó (RN), que Bolsonaro foi comparado a Jesus Cristo, ou “messias”, em um trocadilho com um de seus sobrenomes – o nome completo do presidente é Jair Messias Bolsonaro.

“Essa água é a libertação de uma gente cansada de sofrer. O senhor fez a vida renascer. Igualmente aconteceu em Israel: para brotar água, leite, pão e mel, precisava de um Messias para fazer”, dizia a letra da música entoada por Amazan momentos antes de o presidente discursar.

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Obra não concluída

Ele pretende concluir a transposição do Rio São Francisco neste ano. A obra, idealizada durante o império em meados do século XIX, começou a sair do papel no o governo Lula, em 2007, e atravessou as presidências de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), até desembocar na atual gestão.

Com sua entrega, Bolsonaro espera cativar ao menos parte do povo do Nordeste, bastião petista onde o presidente enfrenta uma rejeição maior do que a média. O problema é que nem a água de ‘Messias’ chegou – a obra ainda não foi concluída.

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