James Cameron usou submarino soviético para filmar ‘Titanic’ por ser mais seguro

Atualizado em 23 de junho de 2023 às 7:49
Submarino soviético
Mir 1, submarino soviético usado por James Cameron em “Titanic” – Divulgação

James Cameron, diretor de Titanic (1997), fez 33 viagens até os destroços do navio, que afundou em 1912. Na época, ele utilizou o submarino MIR, que era operado pela Academia de Ciências Russa, parecia uma espaçonave e tinha contato com a superfície, além de outros recursos que garantiam o máximo de segurança possível nas expedições. A estrutura era bem diferente da do Titan, submersível que desapareceu no último domingo (18).

Operado por um joystick de videogame, o Titan era vendido pela OceanGate, empresa de turismo marítimo responsável pela expedição, e implodiu com cinco pessoas a bordo, uma delas o fundador Stockton Rush. A embarcação perdeu o contato com a base cerca de 1 hora e 45 minutos após iniciar a descida rumo aos escombros do Titanic.

Construído em 1987 por uma empresa finlandesa, o MIR teve supervisão científica e técnica do Instituto Chirchov de Oceanologia da Academia Russa de Ciências, localizada em Kaliningrado. O submarino foi construído para exploração dos oceanos, pesquisas científicas e operações de resgate em grande profundidade.

A primeira viagem da embarcação aconteceu naquele ano, para explorar justamente os escombros do Titanic. Diferentemente do Titan, o MIR 1 e o MIR 2, hoje descomissionados, eram compostos de três veículos autônomos e cada um tinha capacidade de levar três pessoas.

Operados remotamente, podiam descer até 6 mil metros de profundidade, com sistemas de iluminação, braços robóticos e câmeras de alta definição. Já sua cabine, era uma esfera de 5 cm de espessura feita de uma mistura de níquel e aço, com diâmetro interno de 2,1 metros. No total, o submarino media 7,8 metros e pesava 18,6 toneladas.

Os tripulantes do MIR 1 utilizavam rádio VHF para se comunicar com a superfície. Enquanto isso, o MIR 2 tinha duas unidades de sonar de imagem com alcance de 250 metros, para visualizar objetos próximos e ter sua distância medida. O recurso também permitia que se medisse a distância até o fundo do mar com precisão.

Submarino que desapareceu no fundo do oceano
Submarino Titan, que desapareceu no domingo (18). Foto: Divulgação

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