João Cândido, o Almirante Negro, é inscrito no Livro dos Heróis da Pátria e Marinha emite nota contra

Atualizado em 29 de outubro de 2021 às 10:07
João Cândido, o Almirante Negro
João Cândido, o Almirante Negro

A Comissão de Educação do Senado Federal aprovou nesta quinta (28) a inscrição do nome de João Cândido no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O projeto do ex-senador Lindebergh Farias teve parecer favorável do senador Paulo Paim e segue para análise da Câmara dos Deputados.

A Marinha, entretanto, se manifestou contra o projeto. Em reunião, o senador Izalci Lucas, do PSDB, pediu vista e leu uma nota da Marinha. Segundo o documento, a Revolta da Chibata, que ocorreu em 1910, não pode ser considerada como “ato de bravura” ou de “caráter humanitário”.

“A revolta dos marinheiros de 1910 foi, de fato, um acontecimento triste na história do país. Todos os envolvidos, dentre eles a Marinha, setores do governo, os revoltosos e outras instituições tiveram culpas e omissões. Mas, reconhecer erros não justifica avalizar outros e, por conseguinte, exaltar as ações dos revoltosos”, diz a nota técnica.

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Quem foi João Cândido

João Cândido era filho de ex-escravizados. Nascido no Rio Grande do Sul, trabalhou por mais de 15 anos na Marinha de Guerra do Brasil. Foi o responsável por liderar a Revolta da Chibata. Na ocasião, navios foram atracados na Baía de Guanabara (RJ) em protesto contra o direito de oficiais brancos de punirem marinheiros negros com chibatadas. Cândido entrou para a história como Almirante Negro.

 

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