
Julio César Vieira Gomes, ex-secretário da Receita Federal que conversou com Jair Bolsonaro sobre a liberação das joias sauditas, pediu sua exoneração do cargo.
O órgão, porém, revogou a portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (10), que autorizava a demissão de Gomes do cargo de auditor-fiscal. De acordo com o atual chefe da Receita, Robinson Barreirinhas, há uma investigação preliminar sumária na corregedoria do órgão, o que impede o auditor de ser exonerado.
O ex-servidor estava lotado na Superintendência Regional do órgão no Rio de Janeiro. Ele é suspeito de ter pressionado fiscais para liberarem as joias apreendidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).
Gomes foi responsável por encaminhar às Superintendência da Receita em São Paulo um email solicitando que o ofício de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, fosse atendido. O documento pedia que os itens fossem entregues “a este órgão da União”.
Segundo o ex-secretário, o objetivo da medida era que a Receita doasse o conjunto para que fosse incorporado ao acervo da Presidência da República. Ele alegou que foi concluído que a entrega dos bens dependia de solicitação da Secretaria Especial de Administração e não de um pedido do ajudante de ordens.