Jovem Pan pode ser cassada como decorrência de inquérito do MPF

Atualizado em 11 de janeiro de 2023 às 20:25
Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, comentaristas da Jovem Pan que espalhavam fake news e defendiam golpe. Foto: Reprodução

A Jovem Pan pode ser cassada em decorrência de inquérito do Ministério Público Federal (MPF). A emissora bolsonarista foi autuada pelo órgão e avisada que há diversas provas de disseminação de fake news e defesa do rompimento da democracia. A informação é da coluna de Ricardo Feltrin no UOL.

O documento é assinado por Yuri Corrêa da Luz, procurador da República, que aponta que os comentaristas da Jovem Pan disseminaram notícias falsas e se manifestaram a favor de uma ruptura institucional.

Na segunda (9), o MPF instaurou um inquérito civil para apurar a conduta da emissora. A investigação pode gerar diversas punições ao grupo, como multas, suspensão por 30 dias ou cassação de concessões.

Para evitar possíveis sanções, a Jovem Pan será obrigada a fazer um “ajuste de conduta”, se comprometendo a não divulgar mais fake news. Caso haja recusa, a situação da emissora bolsonarista pode se agravar ainda mais.

Ao menos quatro funcionários da emissora foram afastados por espalhar desinformação: Rodrigo Constantino, Zoe Martínez, Paulo Figueiredo e Marco Costa. Ainda há outros na mira, que devem ter o mesmo destino de Augusto Nunes, foi demitido após a vitória de Lula no segundo turno da eleição.

A peça do procurador diz que a Jovem Pan “espalhou fake news, excedeu suas liberdades de expressão (…) e promoveu ações sistemáticas (…) que engendram desordem informacional ou de caos informativo, com potenciais efeitos danosos para compreensão da população”.

Para o MPF, a emissora bolsonarista atacou a “integridade cívica” de forma “persistente” e que a ação organizada “a confiança dos cidadãos na democracia”.

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