Destaques

Julgamento de Moro volta a ser suspenso com placar de 1 a 1

Claudia Cristina Cristofani, desembargadora do TRE-PR. Foto: reprodução

Nesta quarta-feira (3), a desembargadora Claudia Cristina Cristofani, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), solicitou a suspensão do julgamento que envolve a cassação do senador Sergio Moro (União-PR). O pedido de vista da desembargadora interrompeu o andamento do processo, que será retomado na próxima segunda-feira (8), conforme programado inicialmente.

Até o momento, o placar da votação sobre a cassação de Moro está empatado em 1 a 1. O relator do caso, desembargador Luciano Falavinha Souza, emitiu seu voto contra a cassação na última segunda-feira (1º). No entanto, nesta quarta-feira (3), o desembargador José Rodrigo Sade divergiu e votou a favor da perda do mandato do senador.

“Eu pedi vista do processo, pois há duas versões aqui diametralmente opostas trazidas pelos membros que me antecederam. A gente sabe que o juiz é sempre uma pessoa apontada de antemão neutra. Ela que é apontada, segundo as regras globais, para decidir um conflito, deve necessariamente não ter participado de nada, não ter participado dos fatos. Há, portanto, uma assimetria informativa. Os envolvidos não têm a mesma informação”, justificou Cristofani ao pedir vista.

Sade, indicado ao TRE-PR pelo presidente Lula (PT), concordou com os argumentos apresentados pelos advogados representantes do Partido dos Trabalhadores e Partido Liberal, autores das ações contra Moro. Ele considerou que os gastos realizados pelo parlamentar durante a pré-campanha à Presidência desequilibraram a disputa ao Senado em favor de Moro.

O relator, Falavinha, por sua vez, rejeitou os argumentos da acusação, afirmando que não há evidências de que os gastos de Moro na pré-campanha tenham beneficiado sua eleição para o Senado.

Ele ainda destacou que Moro já era amplamente conhecido pelo eleitorado paranaense devido à sua participação na operação Lava Jato.

“Até as pedras sabem que o investigado Sergio Moro não precisaria realizar pré-campanha para tornar seu nome popular, eis que notoriamente conhecido face à ampla divulgação midiática envolvendo a operação Lava Jato”, disse Falavinha”.

A decisão final do TRE-PR não será definitiva, pois cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso Moro seja cassado, ficará inelegível até 2030, mas não perderá os direitos políticos, podendo assumir cargos não eletivos.

A cassação, se confirmada, levará a uma eleição suplementar no Paraná, e desde o ano passado, políticos locais têm manifestado interesse em concorrer ao cargo.

Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link
Augusto de Sousa

Disqus Comments Loading...
Share
Published by
Augusto de Sousa

Recent Posts

Toffoli anula decisões da Lava Jato contra Marcelo Odebrecht

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou nesta terça-feira (21) todos os…

37 minutos ago

Ao Vivo: Acompanhe o julgamento que pode cassar o mandato de Moro no TSE

https://www.youtube.com/watch?v=P2s1p6eWGW0   Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está analisando os pedidos feitos pelo PL e pela…

43 minutos ago

Polícia investiga quem decidiu deixar animais que morreram em loja da Cobasi no RS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul instaurou um inquérito para investigar a unidade…

44 minutos ago

Testemunhas de Jeová pedem fiéis que ajudem ao RS fazendo Pix à própria igreja

A liderança dos Testemunhas de Jeová no Brasil solicitou às suas congregações que instruam os…

1 hora ago

Rapper é preso por estupro de vulnerável em Goiás

O rapper Wilker de Souza Dias foi preso nesta segunda (20) pela polícia de Goiás…

1 hora ago

VÍDEO: PMSP agride Suplicy e estudantes em protesto contra escolas cívico-militares

O projeto da criação de escolas cívico-militares entrou em votação na Assembleia Legislativa do Estado…

3 horas ago