Justiça de SP nega prisão de motorista de Porsche pela 3ª vez

Atualizado em 30 de abril de 2024 às 13:44
O empresário Fernando Sastre Filho, dono de Porsche. Foto: Reprodução

A Justiça de São Paulo negou pela terceira vez a prisão preventiva de Fernando Sastre Filho, dono de Porsche que matou motorista de aplicativo e deixou outro ferido em acidente, mas tornou o empresário réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima. Ele foi alvo de uma nova denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

O juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri de São Paulo, citou o próprio MP ao negar o novo pedido de prisão preventiva, alegando que o órgão não recorreu das outras decisões. “O MP não interpôs recurso contra a decisão, o que leva a concluir que se deu por satisfeito com a concessão de medidas cautelares diversas da prisão em desfavor do acusado”, argumenta.

Na denúncia, o MP afirma que o empresário deveria ser preso porque pressionou a namorada a negar que estivesse embriagado na ocasião. O órgão ainda cita a mãe de Fernando, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, que é apontada como coautora do crime.

“Desde o momento do acidente, há claro intuito do denunciado e de sua genitora de tentar diminuir a gravidade dos fatos escondendo a embriaguez do condutor e retirando seu estado flagrancial para comprometer as investigações”, diz a promotora Monique Ratton, do MP, na denúncia.

Fernando Sastre ao lado de sua mãe, Daniela Cristina. Foto: Reprodução/CNN Brasil 

Ela alega que pediu a prisão preventiva para evitar que o empresário influencie testemunhas, “como já fez ao longo das investigações”. O magistrado, no entanto, negou o argumento da promotora e afirmou que “trata-se de ilação infundada, sem qualquer conexão com os demais elementos cognitivos que autorizem assim concluir”.

A Justiça determinou que o motorista deve apresentar sua defesa em até dez dias e deu um prazo de 15 dias para a conclusão de laudos periciais do caso solicitados pelo MP. Na decisão, o magistrado ainda oficiou a Polícia Civil para incluir novos documentos requisitados, que serão acrescentados ao processo, e autorizou o depoimento dos bombeiros que participaram da ocorrência.

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