Lava Jato: bancos suíços mantêm R$ 600 milhões congelados por inquéritos

Atualizado em 15 de junho de 2023 às 12:29
Logo do Credit Suisse em frente ao prédio do Parlamento suíço, na capital Berna – Foto: Denis Balibouse/Reuters

A investigação conduzida pela Suíça em relação aos casos de corrupção da Operação Lava Jato mantém quase R$ 600 milhões congelados em bancos do país europeu. A informação é do colunista Jamil Chade, do UOL.

Os dados sobre os valores são do Ministério Público Federal, em Berna, que confirmou que os inquéritos continuam sendo tratados, inclusive contra bancos suíços, que detém os montantes.

A cooperação entre os suíços e o Brasil começou em abril de 2014. Desde então, o MP suíço apura os casos com indícios de lavagem de dinheiro e corrupção de funcionários públicos, já que as suspeitas também faziam parte do Código Penal da Suíça.

No auge da operação Lava Jato, os suíços afirmaram que mais de CHF 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) havia sido congelado, em mais de mil contas bancárias. No entanto, mais de nove anos depois, o MP suíço informou que “mais de CHF 450 milhões (R$ 2,4 bilhões) foram devolvidos às autoridades brasileiras com o consentimento das pessoas envolvidas.”

Logo do Credit Suisse – Foto: Reprodução

No caso Petrobras – Odebrecht, entretanto, “cerca de CHF 110 milhões (R$ 591 milhões) em ativos estão atualmente apreendidos na Suíça sob a autoridade do Escritório do Procurador Geral”. Isso porque, para que estes valores sejam devolvidos, os suspeitos precisam ser condenados em última instância no país ou fechar acordos no qual aceitam entregar seus ativos.

Vale destacar que o MP da Suíça também admitiu que não concluiu ainda todos os procedimentos e que há casos pendurados. “Nesse complexo de investigações, mais de 20 processos criminais estão atualmente pendentes”, disse.

Autoridades do país europeu afirmaram também que existem quatro casos ainda pendentes contra instituições financeiras na Suíça, que estão sendo investigadas por seu papel na operação de corrupção. Até o início de 2019, quatro bancos haviam sido punidos: Credit Suisse, BSI, PKB e o Banque Heritage.

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