O senador Eduardo Gomes (PL-TO), que foi líder do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso, bancou contratos de duas empreiteiras de supostos laranjas de Eduardo José Barros Costa, empresário suspeito da prática de corrupção na estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
De acordo com informações da Folha de S.Paulo, esse direcionamento de dinheiro público fora do padrão parlamentar ocorreu durante o primeiro ano da gestão Bolsonaro, em 2019. Gomes enviou R$ 30 milhões do MDR (Ministério do Desenvolvimento Regional) para obras de asfaltamento da Codevasf, no Maranhão.
Vale destacar que o Maranhão não é o estado que elegeu o bolsonarista. Além disso, pelo menos R$ 5 milhões desse valor favoreceram a empreiteira Tempstar. Para a Polícia Federal (PF), o dono da empreiteira no papel é um dos laranjas de Eduardo Costa.
Gomes também contou com o endereçamento de valores pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (MA). Ele é investigado no STF por suposta participação em esquemas de desvios de recursos de emendas parlamentares. A obra beneficiada fica no município de Zé Doca (MA), que é governado pela irmã de Maranhãozinho, Josinha Cunha.
O simpatizante do ex-capitão ainda enviou outros R$ 10 milhões para Tocantins, seu berço eleitoral. A empresa beneficiada foi a Construservice, que também foi alvo da PF em julho. Todos os contratos da empreiteira com a administração federal foram firmados durante o governo Bolsonaro.
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