Lideranças do PL querem se reunir com o ex-presidente Jair Bolsonaro e com o líder da sigla, Valdemar da Costa Neto, para evitar novos barracos, como o que ocorreu no grupo de WhatsApp após a votação da reforma tributária. O líder do partido na Câmara, Altineu Cortês, diz que os parlamentares “já estão mais tranquilos” após o episódio. A informação é do jornal O Globo.
A confusão ocorreu após divisão na legenda na votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados. Foram 20 votos a favor da medida e 75 contrários. Após a discussão, Altineu decidiu bloquear o grupo e evitar que os correligionários enviassem mensagens.
O líder do PL diz que é hora do partido “chegar a um bom senso” e esclarecer aos membros mais novos que a sigla não permite a fiscalização do trabalho alheio. Altineu diz que a saída de parlamentares não está em debate e que “os mandatos são do partido”.
“Vamos tratar desta questão nesta semana, vamos conversar, sim. Um deputado não pode coagir o outro e ficar fiscalizando, sem que o partido tenha fechado questão sobre o tema. Isto não será aceito no PL. O PL não se tornará o novo PSL. Não tememos debandada, já que contamos com a fidelidade partidária e os mandatos são do partido, mas as lideranças precisam conversar e conter os ânimos, sim”, afirmou o líder do partido na Câmara.
A reunião para evitar novos barracos também servirá para definir o futuro do partido diante da inelegibilidade de Bolsonaro. Membros do PL acreditam que ele está enfraquecido por não ter conseguido fazer com que os parlamentares fechassem questão contrária à reforma tributária.