
Arthur Lira soube das mudanças pedidas por senadores no texto da PEC dos Precatórios e não ficou satisfeito. Ele avisou para interlocutores que as mudanças propostas não tinham “pé e nem cabeça”. E deixou claro que, se o Senado aprovasse o fim da emenda do relator, dificilmente receberia o aval da Câmara.
Conforme apurou o DCM, Fernando Bezerra, relator da PEC no Senado e aliado de Bolsonaro, conversou com o Planalto e falou que parlamentares eram contra a mudança no teto de gasto. Também queriam dar um ponto final na emenda do relator, conhecida como Orçamento Secreto. As reivindicações chegaram aos ouvidos de Lira, que se irritou.
“Ele falou que conversaria com o Bezerra e deixaria claro que era contra as indicações dos senadores. Ele se mostrou aberto a pequenas modificações e daria sugestões. Mas sabe que a Câmara não aceitaria o fim da emenda do relator. Além de que boa parte dos deputados é a favor da mudança do teto de gasto”, disse um aliado de Lira.
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Arthur Lira mandou o recado e Bezerra se posicionou
Após a reunião, Bezerra falou com o Planalto e recebeu o recado do presidente da Câmara. Desta forma, ele falou publicamente qual seria seu posicionamento nas negociações. O senador acrescentará no texto da PEC a criação de uma auditoria, garantia do pagamento dos precatórios do Fundef e incluir o caráter permanente do Auxílio Brasil.
Sobre os outros pedidos dos seus colegas, avisou que não atenderia. E ainda garantiu que colocará a PEC para ser votada, porque tem votos suficientes para aprovar. O Congresso entendeu que a pressão de Lira funcionou. Inclusive, Bolsonaro havia dito que o presidente da Câmara tinha mais força que Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.
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