Lula confirma entrada do Brasil na Opep+ e pede “fim dos combustíveis fósseis”

Atualizado em 2 de dezembro de 2023 às 8:55
Lula discursa durante conferência climática da ONU COP28, em Dubai 01/12/2023. Foto: REUTERS/Thaier Al Sudani)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou neste sábado (2) em Dubai, durante a COP28 da ONU sobre mudanças climáticas, que o Brasil se unirá à Opep+ para influenciar produtores de petróleo a abandonarem os combustíveis fósseis.

Lula destacou a necessidade de superar essa dependência, promovendo investimentos em energias renováveis. “Eu acho importante a gente participar [da Opep+] porque precisamos convencer os países produtores de petróleo que eles precisam se preparar para o fim dos combustíveis fósseis”, disse.

“E se preparar significa aproveitar o dinheiro que eles lucram com petróleo e fazer investimento para que um continente como o africano, como a América Latina, possa produzir os combustíveis renováveis que eles precisam. Sobretudo o hidrogênio verde porque, se a gente não criar alternativa, a gente não vai poder dizer que vai acabar com os combustíveis fósseis.”

O convite para integrar a Opep+ foi feito durante a recente viagem de Lula à Arábia Saudita nos dias 28 e 29 de novembro, de acordo com a Folha de S.Paulo. “Muita gente ficou assustada com a ideia que o Brasil ia participar do Opep. Nossa, o Brasil vai participar da Opep”, disse Lula.

“O Brasil não vai participar da Opep, o Brasil vai participar da chamada Opep+. É tão chique esse nome ‘Opep Plus’. É que nem eu participar do G7. Eu participo do G7 desde que eu ganhei a Presidência da República. É G7+. Eu vou lá, escuto, só falo depois que eles tomarem a decisão e venho embora. Eu não apito nada.”

Os membros regulares da Opep com poder de influenciar o preço dos barris de petróleo incluem Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Venezuela, Argélia, Angola, Congo, Emirados Árabes Unidos, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia e Nigéria.

Por sua vez, a Opep+ engloba esses membros adicionando Rússia, Cazaquistão, Bahrein, Brunei, Malásia, Azerbaijão, México, Sudão, Sudão do Sul e Omã. O Brasil está previsto para se juntar a este grupo em janeiro de 2024.

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