Lula decide não pedir desculpas e avalia que Israel tenta “escalar” a crise

Atualizado em 19 de fevereiro de 2024 às 14:17
O presidente Lula. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula decidiu que não vai pedir desculpas ao governo de Israel após reunião de emergência com o assessor Celso Amorim e ministros nesta segunda (19). Ele ainda decidiu escalar Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores, para se pronunciar sobre o tema oficialmente.

A relação entre os governos do Brasil e de Israel está em crise desde que o presidente comparou os ataques feitos à Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler durante o regime nazista. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o petista neste domingo (18).

Em resposta, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu atacou Lula e o ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, afirmou que o petista “é uma persona non grata até que peça desculpas e se se retrate”.

O assessor da Presidência Celso Amorim e o presidente Lula. Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Na avaliação do Palácio do Planalto e do Itamaraty, Israel tem tentado “escalar” a crise. “Isso não existe em diplomacia. Claramente querem escalar”, afirmou um diplomata do governo à coluna de Igor Gadelha no Metrópoles.

Vieira, que será o responsável por tratar do tema publicamente, participou da reunião desta segunda remotamente. Ele acompanhou o presidente na viagem à Etiópia e seguiu para o Rio de Janeiro, onde participa de eventos do G20, após voltar do exterior.

Além do assessor especial da presidência Celso Amorim, participaram do encontro de emergência desta segunda os ministros Paulo Pimenta (Secom), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União).

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link