Lula diz que Bolsonaro “foi para os EUA se borrando” após tramar o golpe

Atualizado em 4 de março de 2024 às 23:42
Presidente Lula durante discurso. Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu discurso durante a abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura em Brasília, apontou o ex-presidente Jair Bolsonaro como o planejador de um golpe de Estado nos meses de novembro e dezembro de 2022.

Segundo Lula, o inquérito da Polícia Federal sobre os atos golpistas de 8 de janeiro revelará os planos de Bolsonaro para impedir a posse do presidente eleito. Lula afirmou que Bolsonaro estava confinado em casa durante semanas, preparando o golpe e tentando imaginar estratégias para permanecer no poder.

“A verdade nua e crua é que esse cidadão preparou um golpe para o país. Quando ele ficou trancado dentro de casa durante várias semanas, não se sabia se ele estava chorando ou o que estava fazendo. Ele estava preparando um golpe, tentando imaginar como iria fazer para não deixar o presidente eleito tomar posse”, relatou o presidente Lula.

Lula e Bolsonaro durante debate presidencial. Foto: Divulgação

Ele acusou Bolsonaro de pagar apoiadores para ficarem em frente aos quartéis com a intenção de promover o golpe e continuar na presidência. Segundo Lula, Bolsonaro esperava ser aclamado pelo que ele descreveu como o “povo fascista” para reassumir o cargo presidencial.

“Ele resolveu ir embora para os Estados Unidos para não ver a posse. Ele imaginava que as pessoas que ele pagou, que ele organizou e que ele ajudou a financiar para ficarem nas portas dos quartéis, iriam dar o golpe e que ele fosse ungido pelas pessoas fascistas desse país para cair nos braços do povo e assumir a presidência da República”, ressaltou o presidente.

O presidente destacou que a posse em 1 de janeiro de 2022 demonstrou que a oposição deveria respeitar o resultado das eleições, enfatizando que as urnas eletrônicas confirmaram a vitória de seu partido. Lula afirmou que Bolsonaro temeu a posse porque revelou o apoio significativo da população à sua eleição e que as urnas eletrônicas validaram o resultado das eleições.

“Ele ficou com medo da posse. A posse foi uma demonstração de que havia muita gente do outro lado. Aquela posse foi a demonstração de que as urnas eletrônicas não mentiram para ele. As urnas eletrônicas disseram que nós ganhamos as eleições e que ele tinha que aprender a respeitar o resultado das eleições”, concluiu Lula em relação a Jair Bolsonaro.