Lula segura mão na escolha de ministros para não ficar desfalcado no Senado

Atualizado em 7 de novembro de 2022 às 0:00
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva
Foto: Wilton Junior/Estadão

O presidente eleito Luiz Inácio lula da Silva (PT) está segurando a mão na escolha de nomes para os ministérios para evitar desfalques na base política do governo, especialmente no Senado, segundo a Folha de S.Paulo. Lula indicou a aliados que vai estudar essas indicações, o que pode impactar na composição do primeiro escalão projetado inicialmente pelos petistas.

Ao menos seis senadores, entre atuais e eleitos, estão entre os nomes que podem ocupar ministérios do futuro governo. Três deles são considerados peças-chave: Flávio Dino (PSB-MA), Wellington Dias (PT-PI) e Jaques Wagner (PT-BA).

O trio integra a lista de favoritos de Lula para funções importantes da Esplanada, como Justiça, Casa Civil, Economia e Defesa. O presidente eleito não abriu mão de nenhum desses nomes, mas avisou aos colegas de partido que levará em conta a perda de capacidade política que essas nomeações poderão ter no Congresso.

Os senadores teriam que se licenciar de seus mandatos para assumir os cargos no governo, o que deixaria as vagas no Legislativo com os suplentes. Mesmo que os substitutos sejam considerados aliados, o petista acredita que o governo poderia perder a capacidade de articulação no Congresso.

O risco é considerável se levar em conta que foram eleitos senadores de peso do bolsonarismo na eleição, como Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Sergio Moro (União-PR) e Damares Alves (Republicanos-DF).

Em reunião com aliados, Lula afirmou que só voltaria a discutir a formação do novo governo depois de retornar do descanso no litoral da Bahia.

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