Macron apoia “fervorosamente” proposta de Lula para Amazônia sediar COP30

Atualizado em 17 de novembro de 2022 às 9:35
Macron
Presidente francês apoia vigorosamente proposta de Lula para sede da COP30 na Amazônia, relata imprensa francesa

O presidente da França Emmanuel Macron apoia “fervorosamente” a proposta feita por Lula na COP27 para que a Amazônia sedie a edição de número 30 da cúpula do clima. A declaração foi noticia desta quinta-feira no jornal francês Le Figaro.

“Eu desejo fervorosamente que possamos ter uma COP na Amazônia então eu apoio totalmente a iniciativa do presidente Lula”, declarou Macron em passagem por Bangkok, rumo ao Fórum de Cooperação Asia-Pacífico (Apec). Trata-se de uma das primeiras reações de um chefe de Estado às propostas de Lula.

Diferentes veículos da imprensa francesa observaram o protagonismo do presidente eleito na conferência do clima das Nações Unidas no Egito. Os jornais Les Echos e Libération disseram que ele foi acolhido como uma “estrela” e contrapuseram sua visão de política externa à do presidente atual.

As relações franco-brasileiras se desgastaram fortemente desde o primeiro mandato de Jair Bolsonaro. Ja em 2019, sob criticas de Paris pelos incêndios florestais recorde na Amazônia, o presidente do Brasil reagiu com ofensas pessoais à primeira-dama francesa. E acusou insistemente o país de ter uma “mentalidade colonial”.

A eleição de Lula foi rapidamente saudade por Macron, que nas redes sociais se disse “impaciente” para trabalhar como o novo presidente.

No ultimo Fórum de Paris para a Paz, evento criado pelo Eliseu para discutir a resolução de conflitos mundiais, Eléonore Caroit, vice-presidenta da Comissão de Relações Exteriores da Assembleia Nacional francesa, disse ao DCM que as relações franco-brasileiras melhoram consideravelmente com Lula, cuja eleição é recebida na França com grande entusiasmo.

A mudança de tom da França, país central e fundador na União Europeia, indica uma virada nas relações franco-brasileiras, e um voto de confiança internacional para a reinserção do Brasil no cenário mundial. Lula começa o próximo mandato com um aliado de peso.