Madonna se queixa do calor no Rio, enquanto gaúchos se afogam nas enchentes

Atualizado em 4 de maio de 2024 às 11:41
Madonna canta em meio à enchente do RS. Fotomontagem

 

Enquanto Madonna se queixa do intenso calor do verão carioca, desfrutando da suíte presidencial com piscina privativa e ar condicionado no luxuoso Copacabana Palace, uma realidade muito mais grave e desafiadora se desenrola no Rio Grande do Sul.

A região enfrenta uma catástrofe decorrente de fortes chuvas, com um saldo trágico de 56 mortos, 67 desaparecidos e 74 pessoas feridas, principalmente na Serra Gaúcha.

A situação é tão severa que 147 municípios foram atingidos, desabrigando 67 mil pessoas, e com o transbordamento do Rio Guaíba, até Porto Alegre está sendo afetada pelas inundações.

A discrepância entre a reclamação de Madonna sobre o calor e a devastação enfrentada pelos gaúchos é notável. Pão e circo. Enquanto ela está protegida em um quarto de hotel climatizado, famílias inteiras no sul do país estão perdendo tudo, sendo removidas de suas casas em condições extremas, necessitando de caminhões, tratores, barcos e helicópteros para sua segurança.

Moradores do RS tentando salvar-se das águas enquanto Madonna está na janela de seu quarto no Copacabana Palace. Fotomontagem

A resposta do governo foi rápida, com a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à região, prometendo apoio ao governador Eduardo Leite e às vítimas desta tragédia. O Exército e a Marinha foram mobilizados para ajudar nas operações de resgate e apoio, mas a repetição anual de desastres semelhantes ressalta a falta de preparo e de um plano de contingência eficaz para lidar com tais emergências, apesar dos frequentes alertas sobre os impactos das mudanças climáticas.

A situação no Rio Grande do Sul reflete a urgência de políticas mais robustas para a prevenção e resposta a desastres naturais, uma necessidade que contrasta fortemente com as preocupações comezinhas da “rainha” Madonna (sim, continuamos monarquistas). Um público calculado em 1,5 milhão de pessoas estará pulando ao som de uma popstar cujos melhores dias ficaram para trás, transformando Copacabana no resumo da indiferença com a tragédia alheia — até o dia em que a praia for engolida pelo mar.

Quando isso ocorrer, Madonna estará bem longe dali, dando tchauzinho da janela para milhões de outros otários de outros lugares.

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