
A ex-ministra Marina Silva se afastou de Ciro Gomes devido a atritos com o marqueteiro da campanha do pedetista, João Santana. Ex-marqueteiro do PT, ele cuida da comunicação do PDT desde abril do ano passado.
Santana foi preso e condenado na Lava Jato, juntamente com sua esposa, Mônica Moura, a 8 anos e 4 meses de prisão por irregularidades na campanha da ex-presidente Dilma, em 2010. O casal fez delação premiada e foi solto em outubro de 2018.
Marina Silva tem resistência com o marqueteiro desde 2014, quando se sentiu atacada por ele. “Tenho sim divergências em relação ao desserviço que o João Santana, junto com a campanha da presidente Dilma, em 2014, fez à nossa democracia, incitando o ódio como estratégia política de ganhar o poder”, disse ao UOL
A ex-ministra diz que a incitação do ódio não ajuda a romper o “ciclo vicioso”, principalmente no momento em que o Brasil está. Mesmo com a objeção a Santana, Marina não descarta uma possível chapa com Ciro, se houver espaço para debate.
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Marina nega que tenha conversado com Ciro
A ex-ministra negou que tenha conversado com Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, sobre ser sua vice na campanha eleitoral. No entanto, representantes dos partidos dialogam sobre o pleito.
“Eu nunca tive uma conversa com o Ciro Gomes sobre esse aspecto. E minhas posições são conhecidas”, disse Marina em entrevista ao portal UOL. “Obviamente, a senadora Heloísa Helena, que é a nossa porta-voz, tem conversado com o Carlos Lupi.”
Caso Rede e PDT não entrem em um acordo, o partido de Marina Silva discute a possibilidade “de liberar para as candidaturas do campo progressista”. Sobre um eventual apoio à candidatura de Lula, Marina disse que os partidos devem assumir seus erros de quando estavam no poder.