
Os advogados de Jair Bolsonaro acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente Lula nesta quinta (22), data do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o ex-mandatário. Ele pede que o petista preste esclarecimentos acerca de fala sobre mansão nos Estados Unidos. A informação é do jornal O Globo.
Em maio, o presidente afirmou que a mansão atribuída a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, pertenceria na verdade ao próprio Bolsonaro. “Agora mesmo acabaram de descobrir uma casa de US$ 8 milhões do ajudante de ordem do Bolsonaro. Certamente uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordem, certamente é para o paladino da discórdia, da ignorância, do negacionismo”, disse na ocasião.
O pedido de explicações no STF é uma etapa anterior a uma eventual apresentação de queixa-crime contra o petista por crimes contra a honra. Os advogados de Bolsonaro dizem que a declaração do presidente é uma “fantasiosa hipótese insinuada”.
“A insinuação feita pelo Indagado, da qual poderão decorrer repercussões de ordem penal, para além das medidas de caráter cível, vieram a partir de ilações decorrentes da divulgação de notícias na imprensa, naqueles dias, dando conta do patrimônio constituído nos EUA pelo irmão do ex-ajudante de ordens do Indagante — Ten Cel Mauro Cesar Barbosa Cid”, diz o pedido enviado ao STF.
O documento é assinado pelos advogados Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser, Saulo Segall, Thais Guimarães, Clayton Soares, Bianca Capalbo Lima e Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro. Eles dizem que Lula teve o objetivo de “atingir a honra e a imagem” do ex-presidente e pedem que o petista esclareça a quem se referiu ao dizer que o imóvel pertence ao “paladino da discórdia” e apresente provas.